Toda instituição de saúde que ofereça assistência de qualidade precisa de dois profissionais essenciais: médicos e gestores. De modo geral, o equilíbrio da atuação desses profissionais é que garante a atenção às necessidades dos usuários com eficácia e responsabilidade.
Em tese, o médico tem mais recursos para planejar e administrar as necessidades dos pacientes, sobretudo quando compreende os recursos da clínica, da gestão, da ética e da proteção social. Em contrapartida, o gestor auxilia nos processos de manutenção das boas condições de operação da clínica, como o acompanhamento de orçamentos, indicadores, investimentos, recursos humanos entre outros.
No entanto, a antiga premissa de que o médico não pode ser um bom empresário não passa de um mito. Atualmente, muitos hospitais têm mudado o perfil de gestão de saúde para CEOs com formação e experiência em medicina, obtendo bons resultados no setor.
Para que você saiba mais sobre o assunto, abordaremos, neste post, a diferença entre a gestão de um CEO médico e não médico. Boa leitura!
Sobre o setor de gestão de saúde
Sem dúvida, a saúde é um dos setores de maior relevância. Afinal, é responsável por oferecer serviços que mantêm o bem-estar físico, mental e social dos indivíduos. Para ter acesso a esses serviços, com infraestrutura adequada, profissionais qualificados e atendimento de qualidade, é essencial destacar a figura do gestor, que é o responsável por destinar corretamente e de forma efetiva os recursos.
A gestão de saúde é, em si, um conjunto de ações e práticas que garante o cumprimento da orientação, a organização dos processos, o controle de gastos e o acompanhamento dos sujeitos que precisam da saúde.
Essa especialidade é particularmente relevante para desenvolver uma instituição de saúde e alcançar os objetivos e metas que foram definidas a partir do planejamento estratégico. E, por ser uma área complexa, é necessário que o profissional seja habilitado e tenha percepção sistêmica.
As principais diferenças entre a gestão de um médico e um não médico
Para exercer a função de gestor, é necessário ter mais que uma formação em administração e um pensamento empreendedor. O profissional precisa, sobretudo, ter uma ampla visão sobre o negócio, os procedimentos realizados e a gestão de recursos.
Em geral, os médicos com experiência em gestão lideram melhor um serviço de saúde, gerando mais resultados e retornos financeiros do que aqueles que não são médicos. Isso porque esses profissionais entendem como funcionam a prática médica, as principais necessidades dos pacientes e as melhores soluções para um determinado cenário.
Algumas pesquisas mostram que hospitais com classificação mais alta geralmente são administrados por CEOs com formação médica. Além disso, os índices gerais de qualidade nos hospitais administrados por médicos foram 25% mais altos do que os realizados por não médicos.
Dar aos médicos a responsabilidade de comandar um hospital pode ser mais simples se ele tiver a sabedoria de um líder dotado de cultura e conhecimento dos detalhes de como funciona uma instituição de saúde.
No entanto, o número de médicos com esse perfil é extremamente limitado. A maioria das faculdades não preparam os futuros profissionais para os desafios de gestão e para as novas ferramentas tecnológicas. Por isso, há um desinteresse pela área por parte dos estudantes de medicina, devido à ausência de exposição aos conceitos e práticas da gestão, as quais são inerentes à atenção clínica.
Nos casos em que o gestor não é médico, falta, muitas vezes, o conhecimento prático e específico do atendimento, que aliado às habilidades de governança, proporciona uma compreensão global dos processos e um atendimento humanizado, voltado às necessidades do paciente.
A importância de os médicos entenderem de gestão
Além de uma carreira promissora, os médicos passaram a demandar habilidades que até há pouco tempo não eram valorizadas, como a necessidade do conhecimento sistêmico. Isto é, não basta apenas conhecer a medicina estritamente técnica.
A partir do momento que um médico faz parte da instituição, seja ela pública ou privada, ele também é responsável por uma pequena parte da gestão. Desse modo, o conhecimento administrativo não serve apenas para gerir e orientar um serviço.
Desde o cuidado do paciente até a percepção do ambiente como um todo, o médico precisa dispor de várias habilidades. Isso porque o profissional de saúde é quem entende do assunto e está preparado para tomar decisões mais eficientes, tanto para o paciente quanto para a instituição em que atua.
Nesse caso, como dito anteriormente, integrar as práticas de assistência à saúde com uma gestão adequada às necessidades do paciente é o que torna o profissional de saúde mais humano e eficiente.
A necessidade de adotar soluções tecnológicas para uma boa gestão
O ritmo da transformação digital no setor de saúde tem sido bastante acelerado, com a adoção de novas tecnologias responsáveis pelas novas formas de acesso aos serviços de saúde, pelo empoderamento dos pacientes e pelo surgimento de modelos de assistência e de negócios inovadores.
Nesse cenário, além do desenvolvimento e monitoramento, outras ações, como a gestão adequada dos dados, tornaram-se necessárias para reduzir os riscos em relação aos pacientes e à segurança das informações.
Mesmo com a rotina corrida dos médicos, para ter uma boa gestão, é de suma importância estabelecer processos internos bem definidos e garantir o funcionamento de todos eles. Para isso, existem tecnologias que facilitam as operações diárias e aumentam a produtividade do serviço hospitalar.
As soluções tecnológicas têm um papel crucial na assistência médica e têm ampla aplicação, haja vista a necessidade de segurança nos processos, de automação e padronização das ações, do aumento de produtividade das equipes e do aperfeiçoamento do atendimento.
Dentre as diversas ofertas de soluções tecnológicas, as startups, o Big Data e as plataformas digitais são as que mais crescem no setor. Em geral, otimizam processos e possibilitam o alcance de resultados positivos, promovendo um ótimo atendimento ao paciente e ainda reduzindo custos operacionais.
Por fim, cabe ressaltar que, por ser muito complexa, a gestão de saúde necessita de uma abordagem multidisciplinar, por isso é fundamental inserir o médico no processo de gestão, seja com perfil consultivo ou com poder deliberativo. Dessa forma, os resultados estratégicos serão atingidos com mais eficiência e qualidade.
Agora que você já conhece a diferença entre os CEOs médicos e não médicos, que tal saber como montar um planejamento estratégico hospitalar? Leia agora mesmo!
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