A transformação digital vem impactando a educação, o comércio e a indústria no decorrer destes últimos anos, e não seria diferente com a saúde. E muito mais agora, em tempos de distanciamento social em virtude da pandemia mundial do COVID-19. Nesse cenário, a telemedicina surge como uma das apostas das instituições de saúde para continuar atendendo seus pacientes e ter uma nova fonte receita neste momento em que o atendimento convencional está reduzido.
No entanto, para quem ainda tem dúvidas sobre como implementar telemedicina na clínica ou hospital, elencamos neste post as inúmeras vantagens desse tipo de tecnologia, além de indicarmos os primeiros passos para colocá-la em prática. Não deixe de ler!
O que é telemedicina?
Como sugere o próprio significado da palavra, telemedicina quer dizer medicina a distância. O conceito abrange as mais diversas práticas médicas realizadas remotamente, independentemente dos instrumentos empregados — televisão, telefone, rádio ou internet.
Embora sua origem date da década de 1950, em Israel, a telemedicina assumiu novas proporções com o advento dos meios de comunicação, em especial a internet, se tornando uma realidade em todo o mundo. Ela é principalmente utilizada na Europa, Estados Unidos, Canadá e, mais recentemente, no Brasil.
Com a popularização dos smartphones e tablets e os avanços tecnológicos, a telemedicina vem ampliando cada vez mais o acesso à saúde, por meio de consultas online, laudos a distância, videoconferências entre profissionais, monitoramento remoto de pacientes, cirurgias robóticas realizadas remotamente e outras práticas.
Dessa forma, podemos dizer que a telemedicina é capaz de romper as barreiras do espaço, reduzindo custos e garantindo assistência médica especializada em contextos em que paciente e médico se encontram em locais distintos, como localidades remotas. Ou seja, sua aplicação traz benefícios tanto para pacientes e profissionais, quanto para instituições, como veremos a seguir.
A telemedicina está regulamentada no Brasil?
Sim, através da Portaria nº 467/20 de 20 de março de 2020 do Ministério da Saúde do Brasil que autoriza o uso da telemedicina em caráter excepcional e temporário, enquanto perdurar a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN).
A grande dúvida é se, passada a pandemia do COVID-19, a telemedicina será regulamentada em caráter definitivo?
Quais são os principais benefícios para clínicas e hospitais?
Como parte de um conceito ainda mais amplo, a saúde digital, a telemedicina pode ser implementada em diversas clínicas e hospitais, independentemente de tamanho ou especialidade. Suas vantagens vão de melhorias operacionais e econômicas ao aumento da satisfação do paciente e valorização da marca.
Otimização do tempo
Tanto a disponibilização quanto o envio de dados dos pacientes, bem como o resultado de exames pela internet, agilizam muito os processos operacionais. As informações são atualizadas instantaneamente, podendo ser acessadas por médicos e membros da equipe de qualquer lugar.
Quando o envio era feito por outros meios, o tempo de espera por um laudo podia durar dias ou até semanas. Além disso, no meio digital é muito mais fácil localizar e consultar os dados desejados, otimizando o tempo do profissional envolvido. Isso sem falar na possibilidade de uso de inteligência artificial para identificar semelhanças e padrões em uma base de dados, de forma a agilizar o diagnóstico.
Maior integração entre a equipe
O compartilhamento de resultados na web permite que todos os profissionais envolvidos na assistência ao paciente tenham acesso às informações ao mesmo tempo, independentemente de onde estiverem. Além disso, a tecnologia possibilita a troca de experiências e a assistência remota.
Um determinado profissional que não costuma estar no hospital diariamente, como um médico especialista, fisioterapeuta ou nutricionista, pode acessar um exame de um paciente remotamente e orientar sobre mudanças no tratamento sem que seja necessário esperar pelo dia da visita.
Redução de custos operacionais
Implementar a telemedicina significa reduzir uma série de despesas operacionais como compra de papel, gastos com impressões, estrutura e logística de armazenamento, salários de funcionários dedicados a essas funções etc. Usando um sistema online, todos os laudos são armazenados na nuvem, economizando espaço, recursos humanos e materiais.
Além disso, com a telemedicina não é necessário manter um corpo clínico atuando em tempo integral na instituição, nem contratar médicos de todas as especialidades. Os exames são realizados na clínica, porém os laudos online são emitidos por uma empresa prestadora de serviços. O pagamento é feito de acordo com a quantidade emitida, ou seja, o custo é compatível com a demanda.
Maior segurança das informações
Outro aspecto vantajoso da telemedicina é a segurança das informações dos pacientes. Seja por meio de um software ou de um site, somente pessoas autorizadas têm acesso aos dados, que são protegidos por criptografia, certificados de segurança, login e senha.
Enquanto documentos físicos podem ser perdidos e danificados, os arquivos digitais estão devidamente salvaguardados de extravios e acidentes naturais, como incêndios e inundações.
Aumento da oferta de serviços
Soma-se ao portfólio de serviços da instituição mais um serviço de atendimento e, por consequência, mais uma fonte de receita. É importante ressaltar que, neste momento, muitas pessoas precisam de atendimento médico, mas estão impedidas de ir até a instituição de saúde por força das ações de isolamento social. Através de teleconsultas, é possível prestar o atendimento médico a quem precisa nesse momento.
Como implementar telemedicina na sua instituição?
Agora que você já se convenceu da importância de investir em telemedicina chegou a hora de aprender como implementar essa tecnologia em sua clínica ou hospital.
Adapte equipamentos e infraestrutura
Os equipamentos médicos de realização dos exames precisam ser integrados ao novo sistema, o que é fácil quando se trata de aparelhos digitais com conexão à internet. No entanto, mesmo quando a instituição ainda dispõe de equipamentos analógicos, existem softwares capazes de viabilizar a integração.
Treine e capacite a equipe
Após garantir a infraestrutura física necessária à implementação do novo sistema, é preciso treinar as equipes clínica e administrativa. É essencial que os colaboradores sejam capacitados a operar os aparelhos e o sistema, assegurando a qualidade das imagens e informações enviadas.
Alinhe objetivos com a missão da organização
É fundamental que a estratégia de telemedicina implementada esteja de acordo com os objetivos globais da clínica. Por isso, é importante fazer uma análise de mercado e uma autoavaliação. Não faz sentido investir em um nicho já saturado ou que não esteja dentro do perfil atendido pela instituição, por exemplo.
Integre com outros sistemas e tecnologias
Por fim, a telemedicina poderá, integrada aos demais sistemas utilizados na clínica, como softwares de gestão, prontuário eletrônico e CRM, ser muito mais efetiva operacionalmente e no tocante às informações. Com isto, é possível manter um banco de dados único, garantindo segurança, agilidade e padronização dos processos, além de reduzir o erro humano. A integração melhora a comunicação e proporciona maior eficiência operacional.
Implementar telemedicina é essencial às instituições de saúde que querem acompanhar a evolução da medicina, já que o futuro dessa ciência passa pela quebra das barreiras geográficas por meio de novas tecnologias.
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